Quanto será o salário mínimo em 2017? Confira o valor do reajuste, as causas e os impactos.

Mexer no bolso do cidadão pode ser uma ótima ou péssima ideia. Num país onde a grande maioria da população enfrenta problemas financeiros, qualquer reajuste pode fazer grande diferença na qualidade de vida das pessoas. A partir de janeiro de 2017 o salário mínimo será reajustado em 6,47% – de R$-880,00 para R$-937,00. Embora a ideia de ter o salário aumentado agrade a muitas pessoas, é importante analisar um pouco além do que será recebido. Afinal, se os seus gastos ou obrigações financeiras ou tributárias aumentam, o seu reajuste servirá simplesmente para arcar com este aumento, de modo que o trabalhador que ganha apenas um salário mínimo fica exatamente onde está.

A medida é popular. Aumento de salário é sempre muito bem-vindo. No entanto, o que muitas pessoas dificilmente se lembram é que há uma lei regulando o ajuste anual do salário de acordo com o aumento da inflação durante o ano trabalhado, que é prevista na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. Assim, a depender do quanto a inflação subiu, o salário mínimo deve ser reajustado de modo a cobri-la no ano seguinte. No entanto, o governo precisou apresentar explicações sobre o reajuste, já que em outubro de 2016 a previsão estimada era de 7,5%. A diferença corresponde a R$-2,29.

De acordo com o Ministério do Planejamento, o governo se valeu de uma permissão legislativa, na qual em caso de discrepância entre a previsão e o reajuste feito, seja possível compensar o valor em questão no reajuste seguinte. Além disso, o governo afirma que a inflação em 2016 teve fechamento menor do que o previsto. É importante lembrar que o reajuste também significa que haverá correções nas contribuições do INSS, altera o valor dos benefícios sociais como seguro-desemprego e também na justiça gratuita para o teto-limite do valor de ações que podem ser ajuizadas sem um advogado.

 

Diferenças geográficas

Alguns estados ainda não aderiram ao reajuste. No Ceará, por exemplo, o salário mínimo corresponde ao valor de R$-900,31 seguindo sua tabela própria. No entanto, de acordo com um levantamento feito pelo G1, pelo menos 17 estados irão aderir ao reajuste proposto pelo governo. No Rio de Janeiro, podemos encontrar salários mínimos respeitando também uma tabela própria que supera os dois mil reais, para trabalhadores com ensino superior.
Em tempos de “crise” como o que alguns economistas afirmam que estamos vivendo, a notícia é boa. Afinal, ainda que parte do salário já seja destinada a arcar com alguns aumentos de impostos, caso não acontecesse reduziria gravemente o poder de compra dos trabalhadores. Mesmo assim, é importante ficar por dentro dos reajustes tributários. Caso o trabalhador tenha condições de consultar um contador experiente, pode encontrar meios de eliminar alguns gastos ou contar com opções mais inteligentes de contribuição. O conselho também é válido para o empresário, já que além dos salários dos funcionários, deve também contabilizar o aumento das contribuições. É importante considerar que nem todo empresário possui suas contas atenuadas pelo processo inflacionário e não deve simplesmente deixar que os reajustes sejam feitos sem traçar novos planejamentos para sua empresa.



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